Em 2008, os Estados Unidos enfrentou uma grande crise econômica devido a “quebra” do banco Lehman Brothers (fundado em 1850). Por causa dessa falência os EUA enfrentaram uma enorme queda nas bolsas de valores e fez com que governos de vários países anunciassem planos de socorro à economia, aplicando bilhões de dólares nos bancos.
Após a falência do Lehman Brothers, houve uma queda no valor das ações da B3 e aumento no preço do dólar, em seguida ocorreu uma diminuição do crédito e redução dos investimentos internacionais, entretanto os impactos no Brasil foram bem menores do que na Europa. Mas será que isso está se repetindo novamente após 15 anos?
O que vamos falar:
O que é o Silicon Valley Bank?
Localizado em Santa Clara, Califórnia, o Silicon Valley Bank (SVB) era um banco comercial que ocupava o 16º lugar entre os maiores bancos dos Estados Unidos antes de seu colapso em 10 de março de 2023. Detinha os maiores depósitos entre os bancos do Vale do Silício e operava como uma subsidiária do SVB Financial Group, uma holding bancária.[3] Como banco credenciado pelo estado, era supervisionado pelo Departamento de Proteção Financeira e Inovação da Califórnia (DFPI) e era membro do Federal Reserve System.[5] A SVB tinha escritórios em 13 países e regiões.
O que aconteceu com o Silicon Valley Bank?
O Silicon Valley Bank assumiu uma quantidade significativa de grandes depósitos, mas foi pego por taxas de juros mais altas. Como muitos de seus concorrentes, mantinha uma pequena quantia de seus depósitos em dinheiro e usava o restante para comprar dívidas de longo prazo, como títulos do Tesouro, que prometiam retornos estáveis e moderados enquanto as taxas de juros permanecessem baixas. No entanto, o banco não considerou o estado geral da economia, que superaqueceu após mais de um ano de estímulo pandêmico, tornando esses investimentos míopes.
Isso significou que o Banco do Vale do Silício foi pego de surpresa quando o Federal Reserve, com o objetivo de neutralizar a rápida inflação, começou a aumentar as taxas de juros. Esses investimentos anteriormente seguros não pareciam mais tão atraentes quanto os títulos do governo mais recentes, que ofereciam taxas de juros mais altas.
No que acabaria levando aos problemas do banco, o financiamento para start-ups também estava diminuindo, fazendo com que uma mistura de start-ups de tecnologia e seus executivos, que eram clientes do Silicon Valley Bank, começassem a sacar seu dinheiro. Para atender às demandas de seus clientes, o banco teve que vender alguns de seus investimentos com um desconto significativo.
No entanto, nem todas as questões do Silicon Valley Bank podem ser atribuídas ao aumento das taxas de juros. O banco era distinto de maneiras que contribuíram para seu rápido colapso. A Federal Deposit Insurance Corporation garante apenas depósitos de até $ 250.000, portanto, qualquer coisa acima desse limite não receberia a mesma proteção do governo. O Silicon Valley Bank tinha um número substancial de depositantes grandes e sem seguro, que normalmente sacam seus fundos durante períodos de turbulência.
Quando o Silicon Valley Bank anunciou suas perdas substanciais na quarta-feira, a indústria de tecnologia entrou em frenesi e as start-ups correram para sacar seu dinheiro.
Após a corrida aos bancos, o F.D.I.C. assumiu o banco na semana passada. No final da semana passada, o Silicon Valley Bank estava fora de controle. A Federal Deposit Insurance Corporation anunciou na sexta-feira que assumiria a instituição de 40 anos depois que o banco e seus consultores financeiros tentaram e não conseguiram localizar um comprador para assumir o controle. A aquisição colocou cerca de US$ 175 bilhões em depósitos de clientes sob o controle do regulador federal.
Signature Bank e Silvergate Bank
Devido a falência do Silicon Valley Bank o Signature Bank e o Silvergate Bank não suportaram e acabaram “quebrando” também. Os bancos não tinha indícios anteriores de problemas até que ocorreu uma corrida de depósitos na sexta-feira, resultado do contágio do Silicon Valley Bank. Essa corrida aos depósitos levou falência de dois bancos gigantes nos Estados Unidos, levando os reguladores a intervir para proteger os depositantes e manter a estabilidade do sistema financeiro.
Essa crise nos EUA pode afetar o Brasil?
A crise que está acontecendo nos Estados Unidos é algo semelhante com o que houve em 2008, e o que está acontecendo pode refletir de maneira negativa no Brasil, assim como 2008. Devido a falência desses 3 bancos pode se prever muitos fechamentos de startups (incluindo várias startups do Brasil também), pois vão ter ainda mais dificuldade em captar dinheiro.
Entretanto, há uma grande probabilidade que o governo dos Estados Unidos acabe “salvando” os bancos que quebraram, isso porque a falência desses bancos seria um enorme prejuízo para a economia do país, garantindo uma crise econômica gigantesca.
O Nubank vai falir devido a crise nos EUA?
O Nubank, o banco digital brasileiro, vem agitando o setor financeiro há vários anos. Com uma avaliação de US$ 25 bilhões, é uma das fintechs mais bem-sucedidas da América Latina. Mas com a recente notícia da falência do Banco do Vale do Silício, alguns investidores e clientes estão preocupados com a estabilidade de bancos digitais como o Nubank. No entanto, especialistas dizem que o Nubank não tem risco de falir.
Em primeiro lugar, o Nubank informou que não possuí nenhum tipo de exposição no SVB, ou seja, o Nubank não tinha recusos alocados no Silicon Valley Bank, sendo assim, a taxa de risco dele quebrar diminui de maneira significativa.
Em segundo lugar, o Nubank tem uma sólida base financeira. Ao contrário do Silicon Valley Bank, o Nubank não é um banco tradicional que recebe depósitos e os investe em ativos de longo prazo. Em vez disso, o Nubank opera como um emissor de cartão de crédito puro, o que significa que não recebe depósitos ou faz investimentos de longo prazo. Esse modelo reduz o risco de falência, pois evita os problemas que surgem quando os bancos assumem muito risco com seus investimentos.
Em terceiro lugar, o Nubank possui uma base de clientes grande e fiel. O banco tem mais de 40 milhões de clientes no Brasil e está se expandindo para outros países da América Latina, como México e Colômbia. Seus clientes são em sua maioria jovens e conhecedores de tecnologia, que preferem o banco digital aos bancos tradicionais. Esse grupo demográfico tem menos probabilidade de retirar seu dinheiro do Nubank durante tempos turbulentos.
Em quarto lugar, o Nubank possui uma forte equipe de gestão com experiência no setor financeiro. O CEO e cofundador, David Vélez, trabalhou anteriormente na Sequoia Capital, uma das maiores empresas de capital de risco do mundo. O CFO da empresa, Gabriel Silva, trabalhou no Goldman Sachs e na McKinsey & Company antes de ingressar no Nubank. Essa experiência e especialização dão ao Nubank uma vantagem na gestão de riscos e na navegação por crises financeiras.
Finalmente, o Nubank é apoiado por alguns dos maiores e mais conceituados investidores do mundo. Esses investidores incluem a Sequoia Capital, a Tencent e a Berkshire Hathaway de Warren Buffett. Esse nível de investimento e suporte fornece ao Nubank uma proteção significativa contra a instabilidade financeira.
Concluindo, apesar dos recentes acontecimentos no setor financeiro, o Nubank não tem risco de falência. Seu modelo de negócios, base de clientes, equipe administrativa e investidores fornecem uma base sólida para o sucesso contínuo do banco. À medida que o setor bancário digital continua crescendo e evoluindo, o Nubank está bem posicionado para ser um líder nesse espaço nos próximos anos.
Conclusão
O Silicon Valley Bank assumiu uma quantidade significativa de grandes depósitos, mas foi pego por taxas de juros mais altas e acabou declarando falência. Devido a falência do Silicon Valley Bank o Signature Bank e o Silvergate Bank não suportaram e acabaram “quebrando” também. Os bancos não tinha indícios anteriores de problemas até que ocorreu uma corrida de depósitos na sexta-feira, resultado do contágio do Silicon Valley Bank.
A crise que está acontecendo nos Estados Unidos é algo semelhante com o que houve em 2008, e o que está acontecendo pode refletir de maneira negativa no Brasil, assim como 2008. Devido a falência desses 3 bancos pode se prever muitos fechamentos de startups. Entretanto, há uma grande probabilidade que o governo dos Estados Unidos acabe “salvando” os bancos que quebraram.
a recente notícia da falência do Banco do Vale do Silício, alguns investidores e clientes estão preocupados com a estabilidade de bancos digitais como o Nubank. No entando, o Nubank não tem risco de falir, isso porque ele informou que não possuí nenhum tipo de exposição no SVB, ele possui tem uma sólida base financeira ao contrário do SVB, possui uma forte equipe de gestão com experiência no setor financeiro e uma base de clientes grande e fiel e por último o Nubank é apoiado por alguns dos maiores e mais conceituados investidores do mundo.
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